Cessa chuva

Para de chover, para!

que eu já não aguento mais.

Para de chover, para!

Que o passado já ficou para trás.

Que meus rabiscos se tornaram cinzas

nessa manhã triste.

Que meus olhos emudeceram,

E tudo mais que existe

minguou e turvou.

Como a água da chuva do meu ser,

que não quer secar,

Transborda imensidão...

Para de chover, para!

Tá molhando meu papel.

Única coisa qu’inda resta,

Última fábula contada,

Último giro em carrossel.