Águas claras

Um dia você entenderá, irmã

Porque hoje sou como sou.

Passei a enxergar com os olhos

De todos aqueles que um dia julguei.

Espetei os dedos muitas vezes na agulha

E fiquei dormindo por vários anos.

Hoje, desperta do sono profundo,

Sigo em frente com tranquilidade.

Minhas águas estão mais calmas,

Já foram muito revoltas

Hoje estão serenas e apaziguadas

Claras como o azul e o infinito,

Alvas como o branco mais bonito,

Do mar e da gaivota que mergulha

No horizonte desconhecido.